Abaixo transcrevo um breve artigo que escrevi em 2013. Ainda me parece atual.
-------------------------------------------------------------------------------
Educação e as Novas Tecnologias
Ao passo dos avanços tecnológico, onde a mobilidade e
a acessibilidade têm conquistado força como auxílio dentro de todo o
ciberespaço, torna-se fácil encontrar inúmeras formas tecnológicas e variados
espaços on-line que permitem ao individuo uma base de pesquisa e aprendizado
jamais imaginados a alguns decênios.
Ao longo da história, o ser humano sempre buscou criar
uma forma de transmitir seu conhecimento para a geração futura; para isso fez
uso da oralidade (tradição), depois, da escrita, e, nos dias atuais tem
encontrado nas avançadas tecnologias um apoio instrumental magnifico.
É preciso, porém, saber utilizar as Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC) para tê-las como aliadas em todo o processo
pedagógico. Partindo desse pressuposto, podemos direcionar nossos primeiros
pensamentos para a questão formativa do docente.
Fusari
nos diz que:
O educador, ao propiciar a relação do educando com os conteúdos do ensino, deverá fazê-lo de forma dinâmica e, sempre que possível, relacionar a experiência do aluno com os conteúdos trabalhados, tentando, sistematicamente, evidenciar a importância de uma sólida formação escolar como instrumento para a sua prática cotidiana. Desta forma, a atuação do educador deverá ser coerente, articulada e intencional, de forma a propiciar a crítica ao social, bem como uma educação escolar viva, na vida social concreta.
Afim de que possa compreender o método sistemático
desenvolvido nos mais diversos aparelhos que possibilitam uma melhor integração
ao espaço virtual, o docente deve buscar integrar-se das linguagens utilizadas
no ciberespaço e explorar ao máximo as oportunidades oferecidas pelos aparelhos
eletrônicos e as TIC’s.
Em muitos casos, existe um grande desafio a ser
enfrentado pelos profissionais da educação: o desafio de se adaptar. No entanto,
este fator pode ser vencido muitas vezes com o contato e experiência vivida e
desenvolvida por outro docente. Isso requer dedicação e tempo disponível para o
aprimoramento.
O uso de aplicativos básicos, softwares e mídias
direcionados à educação, criados por outros professores e empresas deste ramo
comercial, podem substituir o material tradicional impresso (sem deixar cair em
desuso o habito da leitura e pesquisa através destes mesmos materiais, criando
um equilíbrio entres ambas as formas) e auxiliar o docente a repensar a forma
de organizar suas atividades e expandi-las com complemento de diferentes
recursos de aprendizagem.
A tecnologia permite o rápido acesso a informação e
comunicação. Tal fator, se aliado ao projeto pedagógico, pode criar, por
exemplo, uma extensa rede de comunicação entre alunos e professores de uma
mesma instituição, mas também, de outros tantos espaços educacionais.
Cabe ressaltar que estes pontos apresentados, quando
aplicados e considerados dentro da realidade vivida por grande parte de nossa
sociedade, devem levar os alunos e o próprio docente a desenvolver suas
habilidades e ao mesmo tempo não se tornar um “prisioneiro” dos recursos
oferecidos pelas TIC’s.
Certamente a integração é um grande atrativo com
inúmeras consequências, e estas devem ser levadas em consideração. Ana García-Valcárcel Muñoz-Repiso afirma
que:
O
uso destes materiais, por tanto, potencialmente trazem muitas vantagens, como
motivação para as contínuas tarefas acadêmicas e intelectuais, desenvolvimento
da iniciativa, aprendizado com os erros e atividades cooperativas, alto grau de
aprendizagem interdisciplinar e se encontrar livres de tarefas repetitivas com
o professor [...]
Se, por um lado, é necessário o domínio do docente
sobre estas novas tecnologias, por outro, é extremamente importante falar ao
aluno sobre o valor do desenvolvimento de seus pensamentos, deixando de lado o “copia
e cola” instaurado no cotidiano formativo do discente e utilizado infelizmente
tantas vezes na vida escolar.
Agregar estas ferramentas durante a exposição de um
conteúdo é, na atualidade, uma experiência ainda em desenvolvimento. É
necessário avaliar todo o conjunto interligado de ações que estas tecnologias
poderão fornecer. Não é necessário deixar
de lado o quadro negro, o giz e o jaleco branco. Não se trata da desconstrução
de um sistema que, em partes, se mostra funcional. Mas antes, uma adaptação que
visa estruturar-se de acordo com necessidades atuais exigidas das escolas.
Acompanhar os passos do desenvolvimento social é desenvolver a própria educação
e fazer acontecer uma plena interação, ou em um termo mais próprio, uma plena
comunhão entre seus agentes e os educandos.
Por outro lado, não podemos esquecer que as
ferramentas tecnológicas só terão máximo proveito quando o docente tiver as
corretas concepções sobre o ensino e aprendizagem. Desta maneira as Tecnologias
de Informações e Comunicações poderão de fato influenciar positivamente a educação
e a vida do educando, tal qual a vida profissional do professor.
Há nessa possibilidade, um novo horizonte a ser
desbravado em nossas salas de aula e em nossas escolas. É o convite a
reaprender a assimilar o conhecimento que, também agora é transmitido de uma
maneira diferente, obtendo uma nova linguagem que em partes é mais acessível, e
que ao mesmo, não desfigura a concepção do conhecimento em seu advento.
REFERÊNCIAS
FUSARI, José Cerchi.
"A educação do educador em serviço: treinamento de professores em
questão”. FUSARI, José Cerchi. Histórico breve das tendências das práticas dos
treinamentos de professores- Tese mestrado - PUC/SP- 1988.
MUÑOS-REPISO, Ana
García-Valcárcel. Educación y tecnologia. Disponível em:
< http://web.usal.es/~anagv/arti1.htm >. Acessado em 16 maio 2013.
Comentários
Postar um comentário